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Com quebra de recordes brasileiros em Jogos Paralímpicos, equipe de Para Ski Cross Country conquista excelentes resultados de Sprint em Beijing
24 de abril de 2024
Crédito foto em destaque: Ale Cabral/CPB

Delegação brasileira de Para Ski Cross Country participou de sua segunda prova nos Jogos Paralímpicos de Inverno

Após a estreia na prova de Long Distance, no dia 06 de março, a equipe brasileira de Para Ski Cross Country participou de sua segunda prova nos Jogos Paralímpicos de Inverno de 2022.

A prova de Sprint foi realizada às 23 horas (horário de Brasília) desta terça-feira, dia 08 de março, e contou com a presença de 38 atletas no masculino e 18 atletas no feminino.

Os atuais recordistas, até então, do Brasil em Jogos Paralímpicos de Inverno na prova são Cristian Ribera, com a 15ª colocação, e Aline Rocha, com o 22º lugar, ambos conquistados nos Jogos de PyeongChang (Coreia do Sul) em 2018.

Além disso, essa é a primeira vez que o Brasil terá o máximo possível de atletas em uma prova, 4 atletas masculinos na categoria Sitting: Cristian Ribera, Guilherme Rocha, Robelson Lula e Wesley dos Santos.

Todos os atletas chegam em Beijing com pontos no Ranking Mundial melhores do que a pontuação de 2014 de Fernando Aranha (131,96 pontos IPC), conquistada em Sochi. Cristian Ribera também chega à prova em Beijing com sua melhor pontuação no Ranking Mundial, 21,10 pontos IPC (contra 62,39 pontos IPC em 2018).

Os últimos medalhistas da prova de Sprint, no masculino, foram: o americano Andrew Soule, medalhista de ouro; o bielorusso Dzmitry Loban, medalhista de prata; e o americano Daniel Cnossen, medalhista de bronze.

No feminino, as últimas medalhistas da prova foram: a americana Oksana Master, medalhista de ouro; a alemã Andrea Eskau, medalhista de prata; e a russa Marta Zainullina, medalhista de bronze.

Resultados da prova de Sprint

Na prova qualificatória do masculino, Cristian fez uma excelente prova e conquistou o 5⁰ melhor tempo geral, avançando às semifinais com um tempo de 2min23s48.

Gui Rocha, Robelson Lula e Wesley dos Santos também fizeram provas sólidas, e ficaram com as 18ª, 21ª e 24ª posições respectivamente na qualificatória.

Na bateria semifinal, com um alto nível técnico, Cristian finalizou na quinta colocação, conquistando assim a 9ª colocação geral. A conquista pelo atleta supera sua performance em PyeongChang 2018, quando ficou na 15ª posição, e estabelece o novo recorde brasileiro de Sprint em Jogos Paralímpicos.

“Foi muito difícil a prova. O percurso era bem difícil, o pessoal classe 12 levou um pouco de vantagem durante a semifinal, acabaram me pegando antes da descida. Sofri bastante, dei o máximo que eu podia e infelizmente não foi suficiente, mas saio feliz. A prova foi boa, fiz o máximo que dava, então tô muito feliz de poder ter passado pra semifinal e por pouco não ter ido pra final.” comentou Cristian Ribera.

A prova teve dobradinha chinesa, com os atletas Zheng Peng e Mao Zhongwu. O canadense Collin Cameron completou o pódio.

No feminino, em prova também marcada pelo alto nível, com participação de 18 atletas, Aline Rocha garantiu uma excelente conquista de vaga nas finais, estabelecendo o 9⁰ melhor tempo nas qualificatórias, com o tempo de 02min59s49.

A bateria final também foi marcada por um alto nível técnico. Em uma bateria com duas chinesas e duas americanas, Aline obteve um ótimo desempenho e finalizou a bateria na 5ª posição, terminando assim na 10ª colocação geral.

A performance da atleta a coloca à frente de sua colocação em PyeongChang 2018, quando ficou na 22ª colocação geral e estabelece um novo recorde feminino em provas de sprint em Jogos Paralímpicos.

A medalha de ouro da prova ficou com a chinesa Hongqiong Yang, com a americana Oksana Masters em segundo e a chinesa Panpan Li em terceiro.

“Por ver a lista dos atletas sabia que seria muito difícil passar pra semifinal, é um nível técnico bem alto. Foi uma prova muito difícil, eu dei 100% na quali pra garantir que eu pudesse ter uma chance de passar para a semifinal. Deu certo, dei 100% de mim. Na semifinal tentei fazer o mais forte possível, senti que foi melhor que a prova da quali inclusive. Tô muito feliz com o resultado.”, comentou Aline Rocha.

Pedro Cavazzoni, CEO e Superintendente Técnico da CBDN fez questão de frisar a grande evolução de toda equipe: “Estamos muito satisfeitos com os excelentes resultados conquistados. Temos um planejamento de longo prazo e sabemos das dificuldades para se desenvolver um esporte e conquistar resultados esportivos expressivos. Mostramos que o Brasil tem grandes atletas e já é competitivo no cenário internacional.”

Como é a prova de Sprint?

A prova de sprint é formada por duas fases: a qualificatória e as finais.

Qualificatórias: os atletas largam individualmente a cada 30 segundos, completam uma volta no percurso, e são ranqueados conforme seu tempo, sendo que os 12 melhores tempos avançam para as finais.

Finais: composta por semifinais e finais. Na semifinal os 12 melhores tempos competem divididos em duas semifinais, cada uma com 6 atletas, em que os 3 primeiras atletas de cada bateria se classifica para a final com 6 atletas.

Final: Os tempos de saída das baterias finais são corrigidos antes do início das baterias, de maneira que os atletas com diferentes fatores larguem em tempos diferentes, e quem chegar primeiro é o(a) vencedor(a).

A prova de Sprint foi disputada pela primeira vez nos Jogos em 2010, na edição dos Jogos Paralimpicos de Inverno em Vancouver (CAN), sendo introduzida para atletas Standing e Sitting, para homens e mulheres.

Em Jogos Paralímpicos, o Brasil já foi representado por Fernando Aranha, Cristian Ribera e Aline Rocha, o primeiro nos Jogos de 2014 e os demais nos Jogos de 2018.

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