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Gastos de última hora que os brasileiros devem evitar para programar viagens de neve na América do Sul
24 de abril de 2024

Em um contexto de crise econômica e alta do dólar, que também impacta o turismo, o público brasileiro enfrenta dificuldades para planejar despesas e organizar viagens. Sonho de muitos, conhecer a neve, em especial os resorts da América do Sul devido à proximidade para o nosso país, não se torna uma missão tão acessível quanto em outros tempos.

Com o dólar como segunda moeda na maioria dos resorts sul-americanos, logo após moedas como o peso chileno e argentino, o viajante deve estar atento para os preços e possibilidades de economizar tanto em serviços quanto produtos. De olho neste cenário, o Blog Brasil na Neve te dá algumas dicas em algumas áreas que não representam os principais custos de uma viagem à neve, mas que merecem atenção do turista.

Lifts

Um dos principais custos que surpreendem o brasileiro que viaja pela primeira vez a um destino de neve é o custo dos lifts, ou seja, dos meios de elevação para acessar às montanhas onde são praticados o ski e o snowboard. Após fechar alguns itens básicos como passagem de avião e hospedagem, o turista deve ter em mente que o preço dos lifts pode causar um peso importante no final da conta. A dica é programar o período de viagem desde o princípio para ter descontos tanto no ticket adulto quanto infantil ao fechar planos semanais e não diários.

Baseando-se pelo que os resorts de Argentina e Chile têm divulgado para essa temporada e os preços praticados na última, o turista brasileiro encontra tarifas interessantes em montanhas argentinas. Um dos principais destinos do continente junto a Valle Nevado (Chile), Bariloche tem um ticket médio para adultos de 900 a 1400 pesos argentinos pelo dia na montanha e de 5 a 7 mil pela semana, o que representa um custo que pode chegar até a 1100 reais por pessoa. No caso das crianças, existem diferentes quebras de idade, de 4 a 11 anos e a partir disso. Valores entre 700 e 900 reais são a média para os pequenos.

Se os preços para os resorts argentinos de Bariloche, Chapelco e Las Leñas não variam muito entre si, os valores entre as estações chilenas estão numa faixa um pouco mais elevada. O complexo que envolve as estações de Valle Nevado, La Parva e El Colorado, apesar de concentrar o maior número de brasileiros no país durante a temporada e reunir a melhor infraestrutura, tem tarifa de 40 a 50 mil pesos chilenos, ou 247 a 310 reais por dia, faixa semelhante a observada em Portillo. Entre as opções chilenas, uma que se destaca também é Corralco. Estação jovem e ascensão, além de oferecer conforto e belezas naturais para os seus hóspedes, possui tarifas muito atrativas como 28 500 pesos em alta temporada e até 22 500 em baixa.

Translado do aeroporto

Passagens aéreas representam um custo importante para o viajante, ainda mais quando se trata de um praticante assíduo dos esportes de neve. A maioria do público, por condições econômicas ou facilidade, opta por fazer a locação dos equipamentos em lojas locais, mas há aqueles que preferem despachar suas próprias pranchas ou skis, o que pode encarecer ainda mais a tarifa aérea devido a excesso de bagagem.

Passada a etapa que envolve os aeroportos, o transfer ou translado entre aeroporto e resort costuma ser uma dor de cabeça se não planejada com antecedência. Além das opções oferecidas pelos próprios resorts, diversos operadores fazem o serviço com taxas até mais vantajosas. Se você está viajando sozinho é possível se encaixar em translados quase preenchidos ou até mesmo fechar um carro exclusivo para sua família ou grupo de amigos. Para a inusitada viagem entre o aeroporto de Santiago até o resort de Valle Nevado, o turista enfrenta uma sinuosa estrada que torna a viagem um pouco longa. Para o trecho é possível encontrar preços médios de 380 dólares para quatro pessoas, ida e volta.

Em solo argentino, para o resort de Chapelco, o turista não tem um trajeto tão cansativo pela frente após a chegada ao Aeroporto de Chapelco – Aviador Carlos Campos, visto que o tempo médio é de 20 minutos de viagem. Isso impacta, é claro, no preço final do translado: cerca de 500 pesos ida e volta por pessoa. De volta ao Chile, para a viagem entre o Aeroporto Internacional de Araucanía e o resort de Corralco, a tarifa média é de 70 mil pesos chilenos por pessoa, valor que excede um pouco a média para Portillo. No tradicional resort chileno, a viagem fica em 75 dólares por cabeça ou 225 pelo grupo de 4 pessoas.

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Corralco, no sul do Chile, é uma estação em ascensão que apresenta alguns preços interessantes para o público brasileiro.

Aulas de ski ou snowboard

Para quem sobe numa prancha de snowboard ou par de skis, caso não haja um talento quase sobrenatural ou muita aptidão para a prática herdada de outras modalidades, o resultado é quase sempre o mesmo: muitos tombos e dificuldade para aproveitar a montanha como se deve nos primeiros dias. Não tem segredo, quanto mais técnica, menos cansaço, quedas e maior garantia de diversão pelas pistas.

Muitos pais subestimam incluir nas despesas pelo menos algumas aulas tanto para si quanto para os filhos. Se programadas com antecedência para não serem uma despesa de última hora no resort, as aulas são um benefício enorme. Para as aulas de ski e snowboard, na Argentina o turista tem como boas opções Bariloche e Chapelco, com preços que variam de 2000 a 3000 pesos argentinos para aulas particulares e 800 a mil para grupo. Em Las Leñas, é possível fechar uma boa tarifa de 5000 pesos para três horas e meia de aula particular. No Chile, exceto Corralco que cobra cerca de 25 mil pesos para aulas de duas horas em grupo, os preços giram em torno de 40 mil pesos. Em Valle Nevado, para aula particular de duas horas, o turista encontra tarifa de 109 mil pesos.

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