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Equipe Brasileira de Para Ski Cross Country finaliza participação em Beijing com a prova de Revezamento Misto
24 de abril de 2024
Crédito foto em destaque: Ale Cabral/CPB

Brasil termina com ótima 8ª colocação no Revezamento Misto nos Jogos Paralímpicos de Inverno. Pela primeira vez em sua história, a equipe brasileira é formada por quatro atletas 

O Revezamento Misto do Para Ski Cross Country foi realizado neste sábado, dia 12 de março, às 23h (horário de Brasília). A prova marcou o fim da participação do Brasil nos Jogos Paralímpicos de Inverno de Beijing (China).

Aline Rocha e Cristian Ribera representaram o Brasil no Revezamento Misto em 2018, nos Jogos Paralímpicos de Inverno de PyeongChang (Coreia do Sul), e conquistaram o 13º lugar na ocasião. O pódio de 2018 foi composto por Ucraniana, medalhista de ouro, Canadá, com a prata; e a Alemanha, no terceiro lugar.

Na edição dos Jogos Paralímpicos de Inverno de Beijing, o Brasil participou da prova com quatro atletas pela primeira vez em sua história. A equipe foi composta pela atleta Aline Rocha, e pelos atletas Cristian Ribera, Guilherme Rocha e Robelson Lula.

De acordo com as regras da prova, cada país pode formar uma equipe com até 335 pontos na soma de todos os atletas (os pontos, neste caso, advém da deficiência de cada atleta). A equipe brasileira somou 320 pontos com os participantes escolhidos.

Em Beijing, um total de 32 atletas de 8 países competiram no Revezamento Misto. O Brasil disputou a prova com a Alemanha, Canadá, China, Estados Unidos, Japão, Polônia e Ucrânia.

Resultados da prova

O Brasil abriu a prova com o atleta Robelson Lula, que completou seus 2,5 km com seu melhor tempo durante todos os Jogos. Mesmo sofrendo uma pequena queda, o atleta completou o percurso em 7min06s2, entregando na 5ª colocação, apenas 1,7 segundos da China.

Robelson, que abriu a prova, comentou: “A prova hoje foi sensacional, a pista estava bem rápida, […] eu consegui dar o meu máximo. Fiz o meu melhor tempo na prova”.

O segundo atleta a competir foi Cristian Ribera, que percorreu o percurso do Standing que conta com maior altimetria, ou seja, maiores subidas e descidas planejadas para atletas que competem em pé.

“O percurso do Standing é bem difícil também, é muita subida. As curvas legaizinhas pra fazer, fico até feliz de começar a descer porque pega bastante embalo e aí tem que controlar bastante”, disse Cristian.

A terceira atleta a competir foi Aline Rocha, que fez uma boa prova e entregou a última volta para Guilherme Rocha.

“Foi uma prova excelente, a gente veio pra se divertir, foi um momento muito especial. Na minha perna que eu fiz a prova, fiz um dos meus melhores tempos da volta. O time tá de parabéns!”, comentou Aline que completou sua 3ª participação em Jogos Paralímpicos.

Assim como Cristian, Guilherme também percorreu o percurso dedicado ao Standing. Apesar de serem atletas muito fortes no Sitting, as subidas longas são muito mais difíceis para os atletas cadeirantes, uma vez que se propulsionam apenas com tronco e braços. Em uma das maiores descidas, Guilherme acabou sofrendo uma queda que quebrou um dos skis, que tiveram que ser trocados na própria pista pela equipe técnica.

“Uma prova difícil devido ao percurso ser bem inclinado, tinham as descidas radicais sensacionais. Infelizmente em uma delas, acabei tomando um tombo. Fiz uma grande participação […] creio que a minha família está muito orgulhosa também, da minha participação e desempenho nos jogos”, disse Guilherme.

O time de Para Cross Country completou o Revezamento Misto 4×2,5km com a 8ª colocação, com o tempo de 34min10s8, superando a 13ª colocação do país em PyeongChang 2018. O pódio ficou com a equipe dos Estados Unidos, seguida pela China e em terceiro o Canadá.

Como é a prova de Revezamento Misto?

O Revezamento Misto foi introduzido nos Jogos Paralímpicos em 2014, na edição de Sochi, na Rússia.

As equipes são compostas por 4 atletas, sendo que pelo menos 1 precisa ser de cada gênero. Cada equipe dá 2 voltas no circuito Sitting e 2 voltas no circuito Standing. Sendo assim, cada equipe pode ser formada por atletas das diferentes classes do Para Ski Cross Country: Sitting, Standing e Visual Impaired.

Cada classe conta uma pontuação diferente, sendo que os países podem chegar a no máximo 335 pontos na soma dos 4 atletas (atletas com deficiências mais severas contam menos pontos).

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