O Ski Aerials faz parte da disciplina do Ski Freestyle, no qual, basicamente, os atletas realizam acrobacias no ar. Funciona da seguinte forma: os atletas descem, de ski, claro, em direção a uma rampa de decolagem, a qual vai impulsioná-los para o ar. Nesta fase aérea, eles realizam diferentes acrobacias. Os competidores são avaliados pelos salto de decolagem, salto e aterrisagem. 

A CBDN – Confederação Brasileira de Desportos de Neve realiza, atualmente, o desenvolvimento da modalidade e a formação de uma nova equipe de base. A equipe é formada por duas jovens atletas: Stephany Souza Lima Costa (16) e Luana Antunes da Silva (18).

Tendo em vista as condições naturais do país, o treinamento da equipe se divide em diferentes fases, sem e com neve, com o intuito de preparar adequadamente as atuais atletas para futuras competições.

Entenda como funciona as fases de treinamento do Ski Aerials no Brasil

Fase 1 – Preparação Física

Antes de tudo, é necessária uma preparação física sólida, para que as atletas consigam acompanhar bem tanto o treino em trampolim, quanto na neve. A equipe brasileira realiza dois treinos físicos por semana, de 3 horas cada, no NAR – Núcleo de Alto Rendimento.

Fase 2 – Trampolim e Rollerski

Na sequência, iniciam-se os treinos de trampolim – atualmente, eles ocorrem no COTP – Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa, três vezes por semana, 2 horas cada treino. “Como elas são atletas da ginástica, elas já possuem uma boa noção corporal, porém a técnica da ginástica é bastante diferente da que é preciso no Aerials. Para mudar a chavinha dessa técnica, demanda bastante tempo. Precisamos começar do básico, com acobracias simples, porque as rotações são diferentes e isso faz toda a diferença lá na frente. Depois disso, começamos as acrobacias mais específicas do Ski Aerials”, explica Sarah Fernandes, treinadora acrobática da equipe brasileira.

Paralelamente, as atletas também realizam treinamentos de Rollerski, o “esqui com rodinhas”, o qual é uma adaptação do ski no asfalto. Estes treinos ocorrem tanto em São Carlos, no Parque Eco Esportivo Dahma, quanto em São Paulo.

Fase 3 – Ski

Hora de ir pra neve! Apesar da alta transferência do rollerski para a neve, é preciso que as atletas peguem o jeito de esquiar e se adaptem às particularidades da neve. Dessa forma, são realizados Training Camps para que a equipe comece a ganhar experiência. Em dezembro, a CBDN realizou um training camp em Livigno, na Itália, no qual as atletas puderam treinar ainda mais suas habilidades.

Fase 4 – Saltos na piscina

Antes de realizarem grandes saltos nas neves, as atletas passam por treinamentos de saltos na piscina. Isso porque o Ski Aerials demanda um alto nível técnico. Os treinamentos de saltos na piscina servem, justamente, para que as atletas consigam chegar na neve com maior experiência e mais preparadas nas acrobacias.

Fase 5 – Saltos na neve

Agora sim, o pacote completo de treinamento: quando as atletas finalmente estão prontas, físicamente, técnicamente e psicologicamente, iniciam-se os treinos de saltos na neve. Como o Aerials demanda muito e se trata de uma modalidade com riscos, é necessário que as atletas passem por todas as fases anteriores deste processo. Em fevereiro de 2019, nossa equipe retorna a Livigno e, ao que tudo indica, iniciará alguns saltos menores na neve.