Por Equipe CBDN

 

É oficial! Entramos naqueles dias que antecedem o que é, talvez, o momento mais aguardado de toda edição de Jogos Olímpicos: a cerimônia de abertura. Em #PyeongChang2018, na Coréia do Sul, a Vila Olímpica já está badalada com a chegada de equipes do mundo inteiro, incluindo a brasileira, é claro. Todos se preparam para enfrentar os próximos desafios e, como não poderia deixar de ser, a sempre emocionante abertura, desta vez marcada para às 9h (horário de Brasília), com transmissão ao vivo da TV Globo e SporTV.

Mas, você conhece mesmo quais são os esportes de neve que terão competições na neve sul-coreana? Não se preocupe, estamos aqui para contar um pouquinho sobre as sete modalidades que integram o programa olímpico. Vamos lá!

 

Ski Alpino

 

Provavelmente, a primeira imagem que venha à sua mente ao pensar nos esportes de neve se refere a essa que é considerada a mais tradicional dentre todas. Reconhecido pela precisão e velocidade de seus atletas na pista, o esporte se baseia na eterna luta contra o relógio, ou seja, na disputa em um percurso pré-definido em declive a ser percorrido no menor tempo possível. No caminho observado por um atleta da largada até a chegada, obrigatoriamente existe as portas ou gates, que evidenciam as mudanças de direção. Dividida em cinco disciplinas, sendo duas de velocidade (Downhill e Super G), duas técnicas (Slalom e Slalom Gigante), e ainda o Super Combinado (uma descida de Downhill mais outra de Slalom), o Ski Alpino teve sua primeira aparição nos Jogos Olímpicos em 1936, em Garmisch-Partenkirchen (Alemanha). Para a edição atual, a aposta brasileira é o talentoso e jovem atleta Michel Macedo, de apenas 19 anos, que faz sua estreia na competição.

 

Snowboard

 

A familiaridade para o público brasileiro é inegável! Esporte sobre prancha, assim como o Skate e o Surf, recém-incorporados ao programa olímpico dos Jogos de Verão e queridinhos do povo brasileiro, o Snowboard é sonho de quem nunca viajou à neve e busca adrenalina. Caracterizada pela prática com os pés presos de forma paralela na prancha e muito equilíbrio corporal, o esporte conta hoje com cinco disciplinas: Slalom Gigante Paralelo, o Snowboard Cross e as de Freestyle, com Half Pipe, Slopestyle e Big Air, tendo esta última sido recém-adicionada ao programa olímpico. A estreia da modalidade nos Jogos de Inverno aconteceu no Japão, em Nagano 1998. Em PyeongChang, o grande nome é Isabel Clark. Dona do melhor resultado da história do país em uma edição dos Jogos (9º lugar em Turim 2006), a rider chega à sua 4ª participação olímpica na condição de maior atleta da América Latina.


Ski Freestyle

 

Habilidade e velocidade. O Ski Freestyle é de encher os olhos por sua plasticidade, misturando classe dos esportes sobre skis com a adrenalina e lifestyle das disciplinas de Freestyle e Freeski. Ski Cross, Moguls, Half Pipe, Slopestyle e Aerials são as disciplinas. Enquanto no Ski Cross, que se assemelha ao Snowboard Cross, os atletas descem uma montanha disputando entre si em baterias eliminatórias, o Moguls propiciam uma pista em declive com os chamados “bumps”, terreno de formação irregular, com dois saltos. As outras três disciplinas se caracterizam por manobras aéreas. Evento de demonstração em Calgary (Canadá), em 1988, a modalidade foi oficializada no programa olímpico em 1992, em Albertville (França).

  

Ski Cross Country

 

Mais antiga modalidade de ski, o Ski Cross Country se relaciona à necessidade de viagens por terrenos cobertos de neve. A evolução para esporte aconteceu no fim do século XIX. Definida por resistência, exige força física em médias e longas distâncias, com impulsionamento por bastões ou poles. Divide-se entre as disciplinas de Distance e Sprint. No primeiro caso, os atletas percorrem distâncias de 2 a 50km, enquanto na segunda vale maior intensidade ao longo de curto trajeto de até 2km. As provas também se dividem de acordo com a técnica utilizada, Clássica ou Livre. Parte dos Jogos Olímpicos desde a primeira edição em 1924, Chamonix (França), a modalidade terá Jaqueline Mourão, a atleta mais Olímpica do Brasil, em sua sexta participação olímpica, além do estreante Victor Santos, cria do Projeto Social Ski na Rua.

 

Biathlon de Inverno

 

Não é besteira relacionar esta curiosa modalidade com a própria luta pela sobrevivência humana. Da época na qual habitantes da Escandinávia, norte da Europa, iam caçar sobre skis com rifles ou mesmo patrulhavam as fronteiras territoriais, a modalidade evoluiu, mas não perdeu a sua “dinâmica”. Unindo a resiliência do Ski Cross Country à precisão do Tiro Esportivo (Carabina.22LR), as atletas femininas percorrem circuitos de 7.5km e 15km, e homens 10km e 20km, com duas ou quatro paradas para tiro. Em cada parada, o atleta passa por uma bateria de cinco tiros a 50 metros do alvo em duas posições, em pé ou deitado. Errar tiros não é nada indicado, afinal pode significar penalidade com acréscimo de tempo ou distância. O Biathlon faz parte dos Jogos desde 1960, em Squaw Valley (Estados Unidos). O Brasil teve sua estréia Olímpica na modalidade em 2014, quando Jaqueline Mourão se classificou e competiu em Sochi, Russia.

 

Ski Jumping

 

Nórdica, esta modalidade originária da Noruega se caracteriza pelos longos saltos, literalmente voos sobre skis, que são avaliados por juízes após deslocamento por uma rampa íngreme. O vencedor é aquele que salta mais longe com a melhor técnica de saída e voo combinada a uma aterrissagem equilibrada. Três disciplinas formam o programa: Individual rampa normal, Individual rampa longa e por Equipes em rampa longa. Parte dos Jogos desde Chamonix 1924, na França.

 

Combinado Nórdico

 

Disputado exclusivamente por representantes do gênero masculino no mundo, o Combinado Nórdico é a mescla entre prova de salto (Ski Jumping) e outra de endurance (Ski Cross Country). O primeiro momento do evento se destina à avaliação do salto por juízes, levando em consideração distância atingida e técnica aplicada.  A melhor nota no salto influencia na largada da prova de Ski Cross Country. Hoje, a modalidade conta com dois eventos individuais e um por equipes. Seguindo o Ski Cross Country, este esporte integra os Jogos desde Chamonix 1924 (França). Sob responsabilidade da CBDN, a modalidade, no entanto, não terá representantes brasileiros em PyeongChang.