Nesta quarta-feira (19), a CBDN – Confederação Brasileira de Desportos na Neve celebra 35 anos!

Organização sem fins lucrativos, a CBDN difunde e fomenta a prática desses esportes em solo brasileiro baseada em seu planejamento estratégico e na ciência aplicada ao esporte como pilares de desenvolvimento de seus atletas.

“É muito gratificante ver o quanto os esportes de neve do Brasil evoluíram nesses 35 anos. São 3 décadas e meia de muitas conquistas dentro e fora das pistas e montanhas. Muita gente contribuiu para toda essa história de sucesso, os atletas, treinadores, equipes multidisciplinar, dirigentes voluntários, o Comitê Olímpico do Brasil, o Comitê Paralímpico Brasileiro, as Federações Internacionais, nossos patrocinadores e parceiros, os fãs e entusiastas. Enfim, todos que gostam de esportes de neve no Brasil tem um pedacinho dessa história. Parabéns para todos nós.” Comenta Anders Pettersson, atual presidente da CBDN.

Reviva com a gente algumas das principais conquistas e fatos marcantes dessa história até aqui. Levar o Brasil à elite das competições na neve é uma missão de todos e você também faz parte dela. Confira 35 fatos sobre a CBDN:

  1. A primeira participação brasileira em competições de neve foi em 1966, no Mundial de Ski Alpino em Portillo, no Chile. Nesta edição do campeonato, o país foi representado por: Francisco e Luigi Giobbi, Michael Reis de Carvalho e Sérgio Hamburger, em missão chefiado pelo Sr. Domingos Giobbi.
  2. Francisco Giobbi foi um dos principais atletas de Ski Alpino nesse início, se sagrando Vice-Campeão Geral do II Campeonato Latino-Americano de Ski Alpino, ao conquistar três medalhas, duas de prata e uma de bronze.
  3. A CBDN nasceu como ABS – Associação Brasileira de Ski em 1989, sendo fundada e presidida por Domingos Giobbi, pioneiro dos esportes de neve no Brasil. Além de  Domingos Giobbi, a entidade foi presidida por Stefano Arnhold e Anders Pettersson. 
  4. Logo no ano de sua fundação, a entidade organizou o primeiro Campeonato Brasileiro de Ski Alpino e se filiou ao Comitê Olímpico Brasileiro. No ano seguinte se filiou à Federação Internacional de Ski, passando a gerenciar as atividades esportivas de neve no país.
  5. Em 1995, a CBDN organizou a primeira edição do Campeonato Brasileiro de Snowboard, realizada em Valle Nevado, no Chile.
  6. No ano de 1999, a então ABS passa a se chamar ABSS – Associação Brasileira de Ski e Snowboard, após 4 anos da FIS incorporar e reconhecer o Snowboard como modalidade para administrá-la internacionalmente.
  7. Em 2003, por requisição do COB, a entidade adotou o nome de Confederação Brasileira de Desportos na Neve (CBDN), consolidando sua abrangência sobre todas as modalidades de neve no país.
  8. Atualmente, aproximadamente 7 mil pessoas estão associadas a CBDN. A modalidade mais popular entre os brasileiros é o Ski Alpino, que conta com inúmeros praticantes. Em termos de representação em nível internacional, cerca de 80 atletas representam o Brasil em 2023-24, sendo a maioria deles no Ski Cross Country (32%), Biathlon (17%) e Ski Alpino (11%).
  9. A entidade administra 8 modalidades olímpicas: Ski Alpino, Snowboard, Ski Cross Country, Biathlon, Ski Freestyle, Ski Jumping, Combinado Nórdico e Ski de Montahismo. Além disso, a CBDN promove outras 4 modalidades alternativas: RollerSki, Freeride, Biathlon de Verão e Ski na Grama.
  10. Já nos esportes paralímpicos, a CBDN administra 4 modalidades: Para Snowboard, Para Cross Country, Para Biathlon e Para Ski Alpino. 
  11. O Brasil já participou de 9 edições dos Jogos Olímpicos de Inverno, sendo a primeira delas em 1992, em Albertville, na França.
  12. A primeira delegação brasileira em Jogos Olímpicos de Inverno contou com 7 atletas: Christian Lothar Munder, Sérgio Schuler, Marcelo Apovian, Hans Egger, Robert Scott Detlof, Fábio Igel e Evelyn Schuler. Todos competiram pelo Ski Alpino.

    Equipe brasileira nos Jogos Olímpicos de Inverno de Albertville 1992.
  13. A primeira mulher brasileira a participar dos Jogos Olímpicos de Inverno foi Evelyn Schuler, no Ski Alpino, em Albertville 1992.
  14. Aviva Azar ganhou 10 títulos brasileiros nas décadas de 80 e 90.
  15. Marcelo Apovian (em 1998) e Mirella Arnhold (em 2002) foram o primeiro homem e a primeira mulher a se classificarem para os Jogos Olímpicos após a implementação de critérios técnicos de classificação.
  16. Leandro Ribela foi o primeiro atleta brasileiro a competir no Biathlon de Inverno e Sergio Schuler o primeiro atleta a competir em 3 modalidades, Ski Alpino, Snowboard e Ski Freestyle, sendo o primeiro a representar o Brasil no Ski Freestyle.
  17. André Cywinski venceu a primeira prova oficial FIS de Snowboard Big Air em 2001 e com isso liderou o Ranking Mundial da disciplina.
  18. O melhor desempenho do Brasil em Jogos Olímpicos de Inverno pertence a Isabel Clark, com a 9ª colocação em Snowboard Cross, em Turim 2006.
  19. Luci Arnhold ganhou o primeiro título Mundial para o Brasil ao vencer o Campeonato Mundial Masters de Ski Alpino realizado em Megeve em 2013.
  20. Já em Jogos Paralímpicos de Inverno, o Brasil participou de 3 edições, sendo a primeira delas em 2014, em Sochi, na Rússia.
  21. O melhor desempenho do Brasil em Jogos Paralímpicos de Inverno pertence a Cristian Ribera, com um 6° lugar na prova de 15km no Ski Cross Country, em PyeongChang 2018.
  22. Além disso, o Brasil participou de todas as 4 edições dos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude, sendo a primeira delas em 2012, em Innsbruck, na Áustria.
  23. O melhor desempenho do Brasil em Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude pertence ao Zion Bethonico, que no Snowboard Cross garantiu a medalha de bronze histórica para o Brasil em Gangwon, na China.
  24. A medalha de bronze de Zion Bethonico no YOG de 2024 foi a primeira medalha da América Latina em competições Olímpicas de neve.
  25. Em 24 de janeiro de 2023, Aline Rocha conquistou o primeiro ouro brasileiro em Mundiais Paralímpicos. Ela se sagrou campeã do Sprint no Mundial de Östersund, na Suécia.
  26. Além de Aline, outros atletas conquistaram feitos históricos para o esporte paralímpico brasileiro na neve. Cristian Ribera, por exemplo, foi duas vezes vice-campeão da Copa do Mundo de Para Ski Cross Country, sendo o maior medalhista brasileiro no Circuito com 12 medalhas.
  27. Outro atleta paralímpico destacado do Brasil é André Cintra, que foi 10° colocado na prova de Banked Slalom nos Jogos Paralímpicos de Inverno de PyeongChang em 2018.
  28. O Brasil na Neve conta com a atleta mais Olímpica do país. Jaqueline Mourão participou de 8 edições das Olímpiadas, sendo 5 Jogos Olímpicos de Inverno: 2006, 2010, 2014, 2018 e 2022, em 2 esportes diferentes: Ski Cross Country e Biathlon.

    Jaqueline Mourão nos Jogos Olímpicos de Inverno de Beijing 2022. Créditos: William Lucas / @anoc_olympic
  29. Isabel Clark, além de ter o melhor resultado brasileiro em Jogos Olímpicos de Inverno, ficou duas vezes entre as 15 melhores na Copa do Mundo de Snowboard, chegando a 1 final.
  30. Michel Macedo é o maior recordista brasileiro do Ski Alpino, além de já ter participado de duas edições de Jogos Olímpicos de Inverno: 2018 e 2022.
  31. A família Arnhold é a maior vencedora dos esportes de neve do Brasil com 90 títulos brasileiros conquistados em 30 anos.
  32. Atualmente, a CBDN conta com inúmeros eventos ao redor do mundo, entre eles o Brasileiro Open de Ski e Snowboard e o Brazil Challenge Week que reúne atletas em um ambiente familiar para a prática do Ski e Snowboard.
  33. E um evento chave para o desenvolvimento do Ski Cross Country no país é o Circuito Brasileiro de Rollerski. O campeonato reúne os atletas brasileiros do mais alto nível e conta também com a participação de atletas de outros países, além de contar com provas Paralímpicas e provas abertas. Atualmente, esse é o maior evento de Rollerski da América Latina.
  34. A CBDN trabalha sempre para fomentar a prática dos esportes de neve, apoiando vários projetos de desenvolvimento das modalidades. Conheça os principais
    • Ski Na Rua: uma associação sem fins lucrativos criada pelo atleta olímpico do Ski Cross Country, Leandro Ribela, que desenvolve um projeto esportivo educacional com jovens em situação de alta vulnerabilidade na comunidade de São Remo, Zona Oeste da cidade de São Paulo, apresentando o Ski Cross Country através do Rollerski para jovens e adolescentes;
    • NEBAR – Núcleo de Esportes de Base e Alto Rendimento: tem como objetivo detectar e desenvolver novos talentos para as modalidades de neve como Biathlon, Ski Cross Country, Para Biathlon e Para Ski Cross Country. Localizado em São Carlos (SP);
    • Projeto de Para Snow: tem como objetivo principal de desenvolver a modalidade do Para Snowboard em território nacional. Os treinamentos são realizados no Snowland – parque de neve parceiro da Confederação, localizado em Gramado (RS);
  35. Ao longo de seus 35 anos, a CBDN se estabeleceu como uma referência em gestão governança, recebendo diversos prêmios. Conheça alguns deles: