Da São Remo, comunidade paulistana, para a neve de PyeongChang, Victor Santos escreveu na madrugada desta sexta (16) seu nome na história do Ski Cross Country brasileiro. Representante masculino na modalidade, ele disputou prova de 15km estilo livre e fez sua esteia olímpica.

“Estou muito feliz com a minha participação por aqui. Foi uma prova difícil, uma pista dura, mas aproveitei enquanto estive lá. Fiquei cansado em alguns momentos, sentindo a perna, mas valeu a experiência de estar aqui nos meus primeiros Jogos”, pontuou Victor Santos.

Em sua estreia nos Jogos Olímpicos de Inverno, Santos largou na 105º posição. Fechando a prova em 47:09.9, o brasileiro revelou certo nervosismo no começo, mas logo a adaptação ao clima da competição. “Estava um pouco nervoso, mas é normal. Há dois anos só pensava nisso, nos Jogos. É uma competição diferente, o ambiente é ótimo, clima muito legal com os melhores atletas do mundo. Agora sou um atleta olímpico, não tenho palavras. Significa dedicação, esforço, incorporar os valores do olimpismo”, comentou.

Com o 110º lugar ao final da prova, Santos expôs planos futuros para a carreira: “Eu venho treinando há quatro anos e de forma mais intensa há dois, mas ainda tenho muitos objetivos no esporte. Quero me dedicar mais e sentir sempre essa sensação de estar em grandes eventos. Pretendo melhorar cada vez mais meus resultados na próxima temporada”.

No pódio, o suíço Dario Cologna levou o ouro, seguido pelo norueguês Simen Krueger e Denis Spitsov, que integra os Atletas Olímpicos da Rússia. Já o brasileiro Victor agora entrou no seleto grupo de atletas que representaram o país no Cross Country em Jogos Olímpicos, ao lado de Alexander Penna, Franziska Becskehazy, Helio Freitas, Jaqueline Mourão e Leandro Ribela.

Michel Macedo poupado do Super G para provas técnicas

Com um desconforto no joelho esquerdo – o mesmo que vem sendo tratado desde queda em treino na semana passada – durante a inspeção técnica da pista de realização do Super G, que aconteceu nesta madrugada, Michel Macedo e comissão técnica optaram pela não largada na prova de velocidade. O foco: a recuperação plena para as provas técnicas de Slalom Gigante e Slalom.

“Michel pediu uma avaliação na base da montanha, pois ainda está em recuperação da inflamação causada pela queda. Na avaliação, ele alegou que estava com dor. Como essa prova demanda muita velocidade e força, decidimos por poupá-lo para que ele não corresse o risco de perder o restante dos Jogos”, comentou Dr. Roberto Nahon, médico da delegação brasileira.

Michel Macedo também falou sobre a decisão: “Senti dor durante a inspeção do traçado hoje de manhã. A pista está bem dura e eu não estou me sentindo cem por cento para uma prova rápida como é o Super G. Essa prova exige muito da perna e do joelho”, disse Michel. “Para não arriscar uma lesão que me tire das outras provas, preferi deixar essa passar e competir nas duas próximas. Fico muito mais confortável fazendo as provas técnicas. Vou seguir no tratamento e me preparar para disputar as provas que faltam”, completou Michel, de 19 anos.