Multiatleta, Taynara da Silva, 17 anos, representará o Brasil em dois esportes nos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude (YOG): o Ski Cross Country e o Biathlon. A competição ocorre em janeiro, em Lausanne (Suíça).

“Estou com uma expectativa muito grande, pois estou me preparando para viajar e espero que eu tenha bons resultados nos jogos. Afinal é uma conquista muito grande”, conta a atleta.

Trajetória no esporte

O rollerski entrou na vida de Taynara a partir da amizade com Eduarda Westemaier, outra integrante da delegação brasileira em Lausanne. A partir de uma sugestão da amiga, a atleta pode conhecer a modalidade e iniciar seus treinos na cidade de Jundiaí. Pouco tempo depois, as competições internacionais já eram rotina na vida de Taynara. 

Um dos feitos que mais se orgulha é a medalha de bronze conquistada justamente na sua primeira competição internacional, no Chile em 2017. Para Taynara, foi a prova de que ela poderia ter futuro no esporte de neve.

“Eu lembro de quando competi no Patagônico, que foi a [competição] que abriu as portas para mim no esporte. Eu consegui conquistar o terceiro lugar e até hoje estou batalhando para os próximos resultados”, relembra.

O desafio de conciliar esporte e estudos

Taynara se divide entre terminar os estudos e as competições que participa. A atleta conta que por vezes precisa se ausentar das aulas para as viagens, mas que isso nunca foi problema na hora de fechar o boletim.

“Estudar e competir é muito puxado. É difícil porque eu tenho que programar toda a minha rotina, programar meus treinos, junto com a escola. Mas eu consigo me virar. Nunca tive nota ruim na escola, sempre me dedico nos dois. Lá na minha casa em primeiro lugar é a escola e depois vem o roller/ski”, explica.

A dedicação da atleta também vai além da conciliação de tarefas e tem nas pistas de neve motivos para continuar trabalhando. Com três anos de carreira, Taynara aprendeu que nem sempre é possível ganhar, mas sempre é possível aprender com as competições.

“Sempre levo de aprendizado as provas que eu não ganho, ou que eu não consigo terminar. Acho que não desisti em nenhuma prova que eu fiz”, reflete a jovem atleta.

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