A primeira etapa do Circuito Brasileiro de Rollerski 2019 teve, entre recordes de pontos e disputas emocionantes, um novo marco: 18 paratletas inscritos na competição. O número é o recorde de participação desde a criação das provas paralímpicas do Circuito em 2016, evidencia o desenvolvimento da modalidade no país. Atualmente, a CBDN –  Confederação Brasileira de Desportos na Neve conta com cinco núcleos de treinamento da modalidade – em Jundiaí, São Carlos, Santos, Caraguatatuba e São Paulo.

Além do notável crescimento na participação, o aumento do nível técnico dos competidores ficou evidente em cada prova, principalmente nas de Sitting Masculino, que apresentam um nível de disputa mais equiparado entre os participantes. Os pódios, tanto do Sprint quanto do Distance, por exemplo, foram definidos por questão de segundos. No Sprint, o ouro foi conquistado por Wesley Vinícius. Já no Distance, Robelson Moreira garantiu o 1o lugar. “Temos hoje em nosso circuito três atletas com experiência em competições internacionais, fazendo com que o nível das provas aumentem cada vez mais”, comenta Taylor Brian, treinador do núcleo de São Carlos de Para Rollerski.

O desenvolvimento do Para Rollerski no Brasil é um esforço conjunto de diversos agentes envolvidos. Vale ressaltar o apoio inicial da Fundação Agitos e as parcerias realizadas com os projetos que já ofereciam outras modalidades esportivas para pessoas com deficiência. Como, por exemplo, o PEAMA em Jundiaí, Fast Wheels em Santos, PROAFA/UFSCar em São Carlos e mais recentemente com a prefeitura de Caraguatatuba. Todos esses investimentos e parceiros colaboram na disseminação do esporte paralímpico de neve nacional, facilitando a iniciação de vários atletas potenciais. Atualmente, o Brasil conta com aproximadamente 30 para atletas registrados pela CBDN.

“Temos boas expectativas para o ciclo 2018-22 dos Jogos de Inverno. O nosso crescimento é orgânico, vemos que há muito interesse pela iniciação e prática da modalidade aqui no país e, junto a isso, fica evidente não só o aumento do número de praticantes, como do nível competitivo deles”, analisa Gustavo Haidar, Supervisor do Esporte Paralímpico na CBDN.