As pistas de neve de Ushuaia – Argentina recebem, de 20 a 23 de agosto, o primeiro campeonato na América do Sul de Para Ski Cross Country da história. Será a primeira vez que o IPC (Comitê Paralímpico Internacional) chancelará provas no continente. 

São esperados cerca de 10 atletas nos três dias de competição em Ushuaia, além de Luiz Marim, atleta que foi para o Training Camp mas não participará das provas. A competição receberá atletas do Brasil, Argentina e Chile e é organizado pela CBDN – Confederação Brasileira de Desportos na Neve. O governo de Ushuaia e o Centro Esportivo de Inverno de Tierra Mayor são colaboradores do evento.

As expectativas da delegação brasileira de Para Ski Cross Country

Apesar das provas ocorrerem apenas no fim do mês, os atletas brasileiros já estão na Argentina desde 7 de agosto, participando do Training Camp oferecido pela CBDN. Dentre eles, Cristian Ribera, competidor paralímpico melhor colocado no ranking do IPC, em 4º lugar. 

Segundo Pedro Cavazzoni, CEO e Superintendente Técnico da CBDN, a expectativa de pontuação no ranking do IPC é grande, assim como o nível técnico da competição.

“Atualmente, só temos 3 atletas com pontuação internacional. Com a competição, esperamos ter pelo menos 6 atletas com pontuação. Considerando a presença do número 4º do mundo [Cristian], esperamos um nível bastante competitivo”, afirma.

Na prática, a realização da Brazilian National Championship é uma forma de aumentarmos as chances de classificação internacional dos nossos atletas e, claro, incentivar o desenvolvimento destes. a como explica Pedro.

“É um marco importante dentro do planejamento estratégico das modalidades. No caso paralímpico, a prova será precedida de uma classificação funcional, passo necessário para que os atletas possam competir internacionalmente, viabilizando a classificação de um maior número de atletas brasileiros”.

Com participação nos Jogos Paralímpicos de PyeongChang, Cristian Ribera acredita que a competição é uma grande oportunidade para que os atletas aproveitem a disputa. O atleta ainda assinala que o fato de ter provas sancionadas pelo IPC será fundamental na performance e esforço dos competidores. 

“Se der certo tem tudo para continuar ano que vem e nos próximos anos. Todos vão dar o máximo que podem para fazer o seu melhor. Espero começar a temporada de competições de inverno com o pé direito”, aponta Ribera.