Crédito foto de capa: Adrian Stykowski
Aline Rocha conquista medalha de Bronze no mais importante circuito de provas mundial da Modalidade, e a equipe Brasileira se mostra cada vez mais competitiva no Para Cross Country. Veja no post vídeo das entrevistas realizadas na Eslovenia com Aline, Cristian e Leandro!
A etapa Copa do Mundo de Para Ski Cross Country em Planica/Kranjska Gora (Eslovênia) aconteceu entre os dias 3 e 7 de março. A competição faz parte do mais importante circuito internacional de competições da modalidade, e contou com três provas e alto nível de competitividade com a presença dos melhores atletas da modalidade no masculino e feminino.
A equipe brasileira que participou da Copa do Mundo foi formada pela atleta Aline Rocha, e os atletas Cristian Ribera e Guilherme Rocha, acompanhados da equipe técnica formada por Leandro Ribela e Fernando Orso.
Aline Rocha conquista medalha de bronze no Short Distance
Na prova de Short Distance (5km), realizada no dia 3 de março, os atletas brasileiros realizaram uma grande prova. Com o tempo de 15min48s, Aline Rocha garantiu a medalha de Bronze em Planica/Kranjska Gora, atrás apenas das americanas Oksana Masters (medalha de ouro) e Kendall Gretsch (medalha de prata).
“Treinamos muito bem no percurso da prova ao longo dos dias aqui e sabíamos que a prova seria em um horário que a neve estaria mais derretida pelo calor, então estaria mais lenta por consequência disso. Mas os esquis foram muito bem escolhidos e preparados pela equipe, e me senti muito bem durante toda a prova. Não teve quedas, as curvas foram bem feitas, dei o meu melhor do início ao fim. Mas o resultado foi uma surpresa enorme. Felicidade imensa!”, comentou Aline.
Já no masculino, em uma prova bastante disputada, Cristian Ribera terminou na 8ª colocação, com o tempo de 14min12s, enquanto Guilherme Rocha conquistou a 15ª colocação, registrando o tempo de 16min04s.
Atletas brasileiros conquistam bons resultados competindo com os melhores do mundo
A prova de Sprint (1km) da etapa da Copa do Mundo, realizada no dia 4 de março, foi dividida em três etapas: qualificatórias, semifinais e final.
No masculino, Cristian Ribera e Guilherme Rocha chegaram até as semifinais, conquistando a 7ª e 8ª colocações, respectivamente. O vencedor foi o russo Ivan Golubkov.
No feminino, Aline Rocha superou as semifinais, finalizando a prova no 5º lugar. A vencedora foi a campeã paralímpica Oksana Masters (USA).
Na prova de Middle, realizada no dia 7 de março, os atletas brasileiros novamente se aproximaram do pódio.
Cristian Ribera, com o tempo de 31min53s3, finalizou em 7º lugar e ficou apenas 1 minuto e meio do terceiro colocado, o russo Aleksandr Davidovich. Guilherme Rocha finalizou em 14º lugar com o tempo de 35min57s5.
No feminino, Aline Rocha ficou muito próxima da terceira colocação. A brasileira finalizou em 4º lugar com o tempo de 26min55s6, apenas 12 segundos atrás da russa Marta Zainullina.
“No masculino, apesar da 7ª colocação ter sido o melhor resultado, ficou bem próximo do terceiro colocado. E a Aline fez uma excelente prova, acho que falta muito pouco, estamos próximos do pódio e a gente vai chegar lá”, comentou Leandro Ribela, coordenador Técnico da equipe de Ski Cross Country da CBDN.
A respeito da performance da atleta Aline Rocha, Leandro destacou a sua grande e rápida evolução. “A Aline está muito próxima de um pódio, e esse ano a parte técnica dela teve uma evolução grande comparada ao ano passado, é uma questão de tempo”, explicou.
“Com certeza essa foi a minha melhor performance na modalidade, eu queria muito ter uma boa colocação mas não esperava que o resultado ia ser tão bom, consegui uma medalha de bronze e um quarto lugar na competição, estou muito feliz e daqui para frente é melhorar ainda mais para chegar ainda melhor nos Jogos Paralímpicos”, comentou Aline Rocha sobre sua participação na competição.
“Hoje, ela está mais confortável com a neve, mais adaptada à neve, e permite que ela assuma alguns riscos durante a competição, e essa confiança é importante para dar o próximo passo e dar o seu máximo a todo momento sabendo que ela tem as habilidades técnicas e capacidades físicas para se manter no top 3.”, concluiu Leandro.
Resultados na Copa do Mundo demonstram evolução da equipe brasileira mesmo com desafios da pandemia
Os esportes, como um todo, foram afetados pela pandemia de Covid-19, e não foi diferente para os atletas de neve brasileiros.
“Esse ano foi bastante complicado pra gente principalmente no começo do nosso ciclo, de março até julho, a gente teve que treinar dentro de casa devido às restrições no Brasil. Depois perdemos a temporada na América do Sul, geralmente em agosto vamos para a Argentina treinar na neve, mas esse ano, infelizmente, nós não pudemos ter esse treinamento de quatro semanas nessa época. O primeiro contato com a neve só foi em janeiro, nos Estados Unidos, geralmente começamos a temporada na Europa no final de dezembro, então a pandemia afetou as nossas viagens e o nosso treinamento”, explica Leandro.
Todavia, com apoio da CBDN – Confederação Brasileira de Desportos na Neve, a equipe brasileira conseguiu adaptar o planejamento e treinamentos da equipe para contornar os desafios dessa crise. “A gente conseguiu treinar bastante a parte técnica no Brasil, com o rollerski no asfalto e o mountainboard na terra, e conseguimos recuperar boa parte do treinamento com outras adaptações, mas faltou um pouco de tempo de neve para chegar aos melhores resultados esperados”, comenta Leandro.
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